AI-First: Guia para escrever conteúdos jurídicos cativantes para as Inteligências Artificiais

AI-FIRST - Um guia para escrever conteúdos jurídicos cativantes para as Inteligências Artificiais
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O que é AI-First? Exemplo de pesquisa no google por este termo e ele sendo respondido pelo Gemini, a IA do Google
“O que é AI-First?

Você não chegou até este artigo à toa. A inteligência artificial está cada vez mais presente no nosso cotidiano, e a área jurídica não fica de fora dessa tendência.

Nós estamos deixando de buscar respostas nos livros e em nossos mestres e passamos a delegar esta responsabilidade às mais diversas IAs disponíveis ao nosso alcance.

Se você, assim como eu, gosta de escrever artigos para expressar suas ideias, talvez já tenha percebido que o jeito de escrever tem influenciado na forma como nosso conteúdo chega até outras pessoas, e até neste volume, considerando que agora são as IAs que recomendam ou influenciam as indicações de nossos artigos.

Em resumo, em um mundo que delega cada vez mais suas dúvidas às IAs, como fazer para que seu conhecimento chegue a quem precisa chegar? E, neste processo, como evitar que nosso conteúdo seja tolhido ou desconsiderado por parte das IAs, que usam nosso conhecimento para dar suas próprias respostas aos usuários que as questionam.

Referências base deste estudo

Confesso que não encontrei muito conteúdo na internet sobre conteúdo AI-First. Der qualquer forma, procurando por estudos recentes sobre AI-First, encontrei diversas referências interessantes sobre o tema e vou compartilhá-las uma a uma com vocês.

Artigo referência 1: Como rotular os conteúdos produzidos por IAs?

“What Label Should Be Applied to Content Produced by Generative AI?”
“What Label Should Be Applied to Content Produced by Generative AI?”

Este artigo (“What Label Should Be Applied to Content Produced by Generative AI?”) analisa como as pessoas reagem à diferentes termos utilizados para rotular conteúdos produzidos por IAs.

Ele não trata diretamente da criação do conteúdo em si, e ainda não foi revisado por pares, mas alerta para dois pontos extremamente importantes no quesito de acesso aos conteúdos produzidos pelas IAs e que tem relação direta com quem produz conteúdos hoje, inteira ou parcialmente com apoio de IAs, sendo eles:

  • Aviso: Deixar claro para o leitor/consumidor do conteúdo que ele foi produzido por uma inteligência artificial.
  • Alerta: Alertar sobre a possibilidade do conteúdo ser enganoso justamente por ter sido produzido por uma inteligência artificial.

Em resumo conclui-se que o termo “Gerado por IA” (AI Generated) é amplamente associado a conteúdos gerados por IA, mas é pouco eficaz para alertar sobre conteúdos enganosos.

Já termos como “Manipulado” (Manipulated) e “Não realista” (Not real) são mais eficazes para identificar conteúdos potencialmente enganosos, independentemente de terem sido gerados totalmente por IA ou não.

Referência: EPSTEIN, Ziv; ARECHAR, Antonio Alonso; RAND, David. What label should be applied to content produced by generative AI?. 2023.

Artigo referência 2: IA generativa e a política da visibilidade

"How to succeed with an AI-first strategy?"
“How to succeed with an AI-first strategy?”

Este artigo demonstra a influência da IA na perpetuação de determinados vieses sociais e culturais que dependem dos dados que foram utilizados para treiná-la. Basicamente, por utilizarem grandes conteúdos de dados públicos, se estes dados estiverem populados com uma grande quantidade de pontos de vista similares, a tendência é que a proposição do conteúdo por parte das IAs siga na mesma linha.

Os aprendizados para a produção de conteúdo são bastante relevantes e podem ser resumidos em 3 pontos aos quais o autor, que utiliza IA em seus conteúdos, deve considerar:

  • Avaliação crítica contínua: O autor deve, obrigatoriamente, revisar os conteúdos para garantir que estejam seguindo padrões éticos realistas;
  • Diversidade de dados do treinamento da IA: O autor deve buscar treinar seus modelos de linguagem com bases de dados diversas e com uma ampla gama de identidades e narrativas, sem exclusões;
  • Mitigação de vieses: O autor deve tentar implementar técnica de mitigação de vieses sugeridos pelas IAs.

Referência: GILLESPIE, Tarleton. Generative AI and the politics of visibility. Big Data & Society, v. 11, n. 2, p. 20539517241252131, 2024.

Artigo referência 3: Como ser bem sucedido com uma estratégia AI-First?

"How to succeed with an AI-first strategy?"
“How to succeed with an AI-first strategy?”

Este artigo (“How to succeed with an AI-first strategy?”) foi publicado pelo Journal of Business Strategy e trata de estratégias para empresas integrarem aplicações de IA em suas operações, especialmente nos processos mais estratégicos, buscando obter melhor e maior eficiência operacional.

Apesar de não tratar especificamente sobre a produção de conteúdo, o artigo elenca 3 fatores importantes da adoção da cultura AI-First, sendo eles:

  • Cultura organizacional: A cultura da empresa deve promover inovação e incentivá-la. Treinamentos e exemplo de uso pelos líderes fazem parte desta transformação;
  • Infraestrutura tecnológica: A integração das ferramentas de IA com os softwares e sistemasa da empresa é um fator limitante da adoção de seu uso;
  • Privacidade e segurança: Enfatizar a transparência no uso das IAs e manter segurança dos dados utilizados.

Referência: RUOKONEN, Mika; RITALA, Paavo. How to succeed with an AI-first strategy?. Journal of Business Strategy, v. 45, n. 6, p. 396-404, 2024.

Livro referência 1: Guia do CIO para uso de IA: 5 dicas para o sucesso

"The CIO’s Guide to Adopting Generative AI: Five Keys to Success"
“The CIO’s Guide to Adopting Generative AI: Five Keys to Success”

Este livro lembra muito o item anterior. Basicamente a argumentação é bastante similar, assim como as dicas apresentadas.

Considerando a data da publicação do livro e do artigo, talvez o artigo tenha usado o livro como uma referência. De qualquer forma mantive o artigo como referência primária pois eu o consumi, cronologicamente, primeiro.

Esta é apenas uma opinião minha, como autor deste artigo e, portanto, pode não representar, com clareza nem precisão, a realidade da origem dos fatos.

Referência: SWEENOR, David; RAMANATHAN, Kalyan. The CIO’s Guide to Adopting Generative AI: Five Keys to Success. TinyTechMedia LLC, 2023.

Utilizando as próprias IAs como referência

Depois de minha busca sobre Conteúdos AI-First, optei também por perguntar para diversas IAs suas opiniões sobre o tema. Quem sabe elas poderiam ter insumos relevantes sobre como os conteúdos podem ser melhor analisados por si mesmas.

Analisei aqui as 4 IAs que mais utilizo, sendo elas: Chat GPT, Gemini, Grok e Claude. Fique à vontade para incluir seus experimentos nos comentários abaixo.

O prompt base

Para obter respostas padronizadas e, acima de tudo, comparáveis entre cada uma das IAs utilizadas, criei um prompt padrão que foi utilizado em todas, ipsis-litteris:

Elenque os 10 fatores mais importantes que você (IA) considera ao avaliar e ranquear um conteúdo. Cada item deve incluir uma explicação breve sobre o motivo de sua importância, com foco nos critérios que você (IA) utiliza para interpretar, compreender e classificar o conteúdo.

Evite mencionar fatores relacionados a SEO, como palavras-chave ou backlinks, salvo se eles forem, de fato, relevantes para sua classificação. Concentre-se em aspectos que impactam diretamente sua avaliação como IA.

Este foi o prompt utilizado e, nos tópicos abaixo vou demonstrar a resposta de cada um dos modelos de linguagem citados no início deste bloco.

Conteúdo AI-First no Chat GPT

O Chat GPT foi bastante direto e objetivo em sua resposta. Perceba que os principais elementos que ele valoriza estão relacionados com habilidades extremamente humanas: Clareza do texto, estrutura lógica, conexão entre as ideias, profundidade do conteúdo e respeito à intenção do leitor.

Segue a resposta na íntegra para sua avaliação:

10 Fatores Mais Importantes que a IA Chat GPT Considera ao Avaliar e Ranquear um Conteúdo

  1. Clareza e Precisão na Comunicação
    • Por quê?: Um texto claro e preciso facilita a compreensão da mensagem, reduzindo ambiguidades. A IA avalia a capacidade do conteúdo de transmitir ideias de forma direta e compreensível.

  1. Organização e Estrutura Lógica
    • Por quê?: Conteúdos bem estruturados, com introdução, desenvolvimento e conclusão, ajudam a IA a identificar o fluxo de informações e categorizá-las de forma lógica.

  1. Relevância do Conteúdo para o Tema
    • Por quê?: A IA verifica se o conteúdo aborda o tema de forma relevante e responde às perguntas ou necessidades do público. Isso demonstra a utilidade do texto.

  1. Coesão e Conexão Entre Ideias
    • Por quê?: Um texto bem conectado, com transições claras entre parágrafos e ideias, é mais compreensível e demonstra um raciocínio lógico.

  1. Abrangência e Profundidade de Análise
    • Por quê?: A IA valoriza conteúdos que exploram o tema em detalhes, abordando diferentes perspectivas ou explicações, pois isso enriquece a experiência do leitor.

  1. Originalidade e Conteúdo Único
    • Por quê?: A IA verifica similaridades com outros textos em sua base de dados. Conteúdos originais são valorizados porque oferecem informações novas ou uma abordagem diferenciada.

  1. Consistência no Tom e Estilo
    • Por quê?: Manter um tom uniforme e um estilo coerente ao longo do texto demonstra profissionalismo e facilita a categorização do conteúdo pela IA.

  1. Uso de Exemplos e Casos Práticos
    • Por quê?: Exemplos ajudam a IA a identificar o contexto e a aplicabilidade do conteúdo, tornando-o mais compreensível e útil para o público.

  1. Qualidade da Gramática e Ortografia
    • Por quê?: Erros gramaticais e ortográficos prejudicam a compreensão do texto e sinalizam falta de qualidade. A IA valoriza conteúdos bem revisados e corretos.

  1. Respeito ao Contexto e Intenção do Público-Alvo
  • Por quê?: A IA avalia se o conteúdo foi adaptado ao público-alvo, considerando o nível de linguagem, o propósito do texto e a relevância para quem consome a informação.

Conteúdo AI-First no Gemini

Apesar de utilizar algumas palavras diferentes, o Gemini também afirma valorizar elementos clássicos de uma boa escrita humana como coerência, profundidade, originalidade, contextualização e linguagem. O formato das respostas difere um pouco, veja abaixo na íntegra:

10 Fatores-chave considerados pelo Gemini ao avaliar e ranquear conteúdo:

  1. Clareza e Coerência: A IA busca por textos claros, concisos e com uma estrutura lógica bem definida. A capacidade de compreender o significado do texto e identificar relações entre as ideias é fundamental para uma boa classificação. Uma linguagem simples e direta, sem ambiguidades, facilita a compreensão da IA.
  2. Relevância: A IA avalia se o conteúdo é relevante para a pergunta ou tópico em questão. Ela busca por informações precisas e relevantes, descartando informações irrelevantes ou fora do contexto. A relevância é medida pela capacidade do conteúdo de responder às perguntas do usuário de forma direta e completa.
  3. Originalidade: Conteúdos originais, que não são cópias de outros textos, tendem a ser melhor classificados. A IA utiliza algoritmos para identificar plágios e conteúdos duplicados, valorizando aqueles que apresentam ideias e informações únicas.
  4. Profundidade: A IA busca por conteúdos que vão além da superfície, oferecendo informações detalhadas e aprofundadas sobre o tema. Conteúdos que exploram diferentes perspectivas e apresentam argumentos sólidos são mais bem avaliados.
  5. Estrutura: A organização do texto é fundamental para a compreensão da IA. Uma estrutura clara, com introdução, desenvolvimento e conclusão, facilita a identificação das ideias principais e a compreensão das relações entre elas.
  6. Qualidade da Informação: A IA avalia a credibilidade das fontes de informação e a precisão dos dados apresentados. Conteúdos que citam fontes confiáveis e apresentam informações verificadas são mais bem classificados.
  7. Coerência Interna: A IA verifica se as informações apresentadas no texto são coerentes entre si. Contradições e informações inconsistentes podem prejudicar a classificação do conteúdo.
  8. Completude: A IA busca por conteúdos que abordam todos os aspectos relevantes de um determinado tema. Conteúdos completos e abrangentes são mais bem avaliados.
  9. Utilização de Linguagem Natural: A capacidade da IA de compreender a linguagem natural é fundamental para uma boa classificação. Conteúdos que utilizam uma linguagem natural e próxima à humana são mais facilmente compreendidos pela IA.
  10. Contextualização: A IA avalia a capacidade do conteúdo de se adaptar a diferentes contextos. Conteúdos que podem ser aplicados a diversas situações e que se conectam com outros conhecimentos são mais bem classificados.

Em resumo:

A IA busca por conteúdos claros, relevantes, originais, profundos, bem estruturados, com informações precisas e confiáveis, coerentes internamente, completos e que utilizem uma linguagem natural e próxima à humana. Ao avaliar esses fatores, a IA consegue identificar os conteúdos de maior qualidade e relevância para o usuário.

Observação: Embora o SEO não tenha sido o foco principal desta resposta, é importante ressaltar que alguns conceitos de SEO, como a otimização de palavras-chave e a estrutura das URLs, podem influenciar indiretamente a classificação de um conteúdo, ao facilitar a compreensão da IA sobre o tema abordado.

Conteúdo AI-First no Grok

O Grok foi a primeira IA que levou em consideração o desempenho do conteúdo como fator relevante em sua avaliação e recomendação. Talvez por ser parte da X (antigo Twitter) e ter seu foco principal de treinamento nos conteúdos desta rede, talvez a relevância do engajamento seja considerada também como um dos fatores chave na avaliação de conteúdos AI-First.

10 fatores mais importantes que eu Grok, como uma IA, considero ao avaliar e ranquear conteúdo, com foco em critérios que não são exclusivamente de SEO:

  1. Clareza e Precisão:
    • Importância: Conteúdos que comunicam ideias de maneira clara e precisa facilitam a minha compreensão e interpretação. Menos ambiguidade significa uma avaliação mais precisa.
  2. Relevância do Tema:
    • Importância: Avalio se o conteúdo é pertinente ao contexto ou à pergunta feita. Conteúdos que abordam diretamente o tema são mais relevantes e, portanto, mais bem ranqueados.
  3. Estrutura Lógica:
    • Importância: Uma boa organização lógica dos argumentos ou informações permite que eu siga a linha de raciocínio do texto, ajudando na compreensão e na avaliação da coerência.
  4. Originalidade do Conteúdo:
    • Importância: Conteúdos únicos e que trazem novas perspectivas são valorizados porque fornecem informações que não estão amplamente disponíveis ou repetidas.
  5. Profundidade e Detalhamento:
    • Importância: Avalio se o conteúdo oferece uma análise profunda ou uma cobertura detalhada do assunto, o que indica qualidade e valor informativo.
  6. Engajamento e Estilo de Escrita:
    • Importância: Conteúdos que engajam o leitor, seja por um estilo de escrita envolvente ou por uma abordagem criativa, são mais valorizados por seu potencial de impacto.
  7. Consistência Temática:
    • Importância: A capacidade de manter o foco no tema sem desvios irrelevantes é crucial para que eu possa classificar o conteúdo como coerente e útil.
  8. Qualidade da Linguagem:
    • Importância: Boa gramática, ortografia e uso apropriado do vocabulário não só facilitam a leitura mas também indicam cuidado na produção do conteúdo.
  9. Contextualização:
    • Importância: Conteúdos que contextualizam informações, relacionando-as com eventos ou conhecimentos prévios, são mais informativos e compreensíveis.
  10. Evidência e Suporte:
    • Importância: Conteúdos que sustentam suas afirmações com evidências, dados ou referências confiáveis são mais confiáveis e, portanto, recebem uma classificação mais alta.

Conteúdo AI-First no Claude

O Claude é uma IA que tem suas particularidades. Eu gosto de utilizá-la para gerar prompts úteis, inteligentes e otimizados para qualquer outra IA. Neste exemplo em questão, me surpreendi com sua citação ao engajamento e também à explicação da ponderação entre os fatores analisados e seus pesos, dependendo do teor e objetivo de cada conteúdo.

10 fatores mais importantes que uma IA como o Claude considera ao avaliar conteúdo:

  1. Coerência e Fluxo Lógico – A IA analisa como as ideias se conectam e progridem de forma natural. Um texto bem estruturado, com transições suaves entre parágrafos e seções, demonstra maior qualidade de pensamento e organização.
  2. Precisão Factual – A consistência com fatos verificáveis e dados conhecidos é crucial. A IA compara as informações apresentadas com seu banco de dados de conhecimento para avaliar a confiabilidade do conteúdo.
  3. Profundidade de Análise – O nível de detalhamento e complexidade na exploração do tema é avaliado. Conteúdos que vão além do superficial, oferecendo insights significativos e considerando múltiplas perspectivas, são mais bem classificados.
  4. Clareza e Objetividade – A capacidade de comunicar ideias complexas de forma compreensível é fundamental. A IA valoriza textos que mantêm um equilíbrio entre precisão técnica e acessibilidade ao público-alvo.
  5. Relevância Contextual – O alinhamento entre o conteúdo e seu contexto proposto é analisado. A IA avalia se o material responde adequadamente às questões ou necessidades específicas do tema abordado.
  6. Originalidade e Inovação – A presença de perspectivas únicas e abordagens inovadoras é valorizada. A IA identifica padrões que diferenciam o conteúdo de materiais similares já existentes.
  7. Consistência Interna – A manutenção de um padrão coerente de argumentação e estilo ao longo do texto é importante. A IA detecta contradições ou inconsistências que podem comprometer a qualidade do conteúdo.
  8. Fundamentação e Embasamento – A presença de evidências, exemplos e argumentos bem construídos fortalece a avaliação. A IA analisa como o texto sustenta suas afirmações e conclusões.
  9. Estrutura e Organização – A hierarquia clara de informações e a divisão lógica do conteúdo são consideradas. A IA avalia como o material está estruturado para facilitar a compreensão e retenção.
  10. Engajamento e Relevância – A capacidade do conteúdo de manter o interesse e proporcionar valor real ao leitor é fundamental. A IA considera elementos como tom, estilo e aplicabilidade prática das informações apresentadas.

Estes fatores são avaliados de forma integrada, considerando como se complementam para criar um conteúdo de alta qualidade. A IA busca um equilíbrio entre estes elementos, reconhecendo que diferentes tipos de conteúdo podem priorizar certos aspectos dependendo de seus objetivos específicos.

5 dicas para produzir conteúdos AI-First realmente relevantes

Considerando os dados citados em minha pesquisa acima e minha própria experiência prática há mais de 15 anos, faço aqui minha análise como produtor de conteúdo. Já publiquei mais de 1.500 artigos, em sua maioria com temática jurídica em sites como Projuris, JusBrasil, Migalhas, IBDFAM e Direito Real.

Logicamente esta lista não é taxativa, pois trata-se apenas de minha opinião com base no exposto anteriormente e em minha experiência prática. Fique a vontade para compartilhar nos comentários e em minhas redes sociais suas próprias conclusões.

Lógica estrutural

Para mim, bons artigos são bem divididos. Gosto de artigos e livros que, apenas com a leitura do sumário, consigo ter uma ideia clara da lógica do pensamento abordado. Desta forma fica mais fácil absorver o conteúdo, pois ele segue as etapas do pensamento de um ser humano, construindo os argumentos, explicando-os para que a conclusão, baseada nestes insumos, faça sentido.

Considerando as sugestões dos artigos e das IAs anteriormente citadas, minha convicção a respeito desta preferência ficou ainda mais forte. A qualidade da estrutura e a lógica aplicada em sua construção tem total relevância para a avaliação positiva dos humanos e, me parece, também das IAs.

Profundidade com clareza

Sempre que inicio um novo artigo faço questão de definir o objetivo do mesmo. Me pergunto com frequência “qual dúvida quero esclarecer?” e “para quem estou escrevendo?”.

Estas 2 perguntas me permitem criar conteúdos que concluam algo, de maneira lógica. É imprescindível que a mensagem seja clara, que não seja rasa, sem excessos, preciosismo e, especialmente, sem enrolação. Não há nada mais chato do que terminar um parágrafo ou um capítulo e perceber que não aprendemos nada.

Gosto também de me colocar no papel de leitor, assim sendo a segunda pergunta, em especial, me força a adaptar minha forma de me comunicar para o público que irá consumir a mensagem.

Pelo que pude perceber todas as IAs e alguns dos artigos consideram, em algum nível, a profundidade do tema como relevante.

A teste final e talvez o mais interessante seja a evolução do consumo deste artigo. Será que ele passará no teste das IAs?

O toque do autor

Eu tenho um jeito de escrever que me distingue de outras pessoas. Meus vídeos em meu canal no Youtube são a exata representação de minha linha de pensamento e os dados deste estudo me levam a concluir que o estilo da escrita e/ou comunicação fazem diferença, em algum nível, para as IAs.

Da mesma forma a originalidade dos questionamentos também compõe este arsenal que apenas aquele autor pode dispor. Quanto mais original, mais diferenciado e, por consequência,

Referências memoráveis

Todas as IAs citaram, em algum nível, que a qualidade das referências utilizadas são fator relevante na consideração e classificação dos conteúdos.

Perceba que, inclusive, com relação à precisão factual, o Claude cita a capacidade de verificar os dados conhecidos, citados no material avaliado. Apesar de no prompt, termos pedido para que fosse excluída a citação de itens como backlinks, (pelo menos com esta terminologia) me parece que a qualidade das referências utilizadas continua sendo um grande fator de diferenciação entre conteúdos.

Atentemos aqui a dica do Claude: “capacidade de verificar dados”. Talvez esteja aqui a principal dica relacionada às referências. Ao invés de investir em backlinks diversos talvez precisemos trabalhar ainda mais na busca por fontes REALMENTE qualificadas para referencia em nossos materiais.

Os humanos tem dúvidas e as IAs estão verificando se estamos mesmo qualificados para responder estas dúvidas, consultando e conferindo as referências que estamos usando, sob a ótica da contextualização e profundidade.

Engajamento importa

Por fim, acredito que chegamos ao teste máximo da qualidade de uma publicação em formato de texto. Confesso que por muito tempo pensei em interação apenas como comentários em um artigo ou suas citações em outros artigos, mas me parece que as IAs estão levando este item para um outro patamar.

A própria escolha do local onde seus artigos estarão publicados influencia no fator do Engajamento. As IAs podem avaliar os comentários, podem avaliar os compartilhamentos as recomendações que fizemos do conteúdo, podem avaliar inclusive as interações nos materiais de apoio que utilizamos para complementar nossa pesquisa, por exemplo, os comentários, curtidas e replicações de um vídeo que apoie seu conteúdo em formato de texto, ou a reputação de um podcast que você utilizou como referência.

Aqui estou conjecturando, mas não tenho dúvidas de que a somatória das interações de todas as citações que façamos em nossos conteúdos podem desempenhar papel relevante em sua classificação. E, pensando bem, faz bastante sentido.

Conclusão

Chego à conclusão deste artigo que as IAs estão buscando entender os humanos, em especial o comportamento humano, para conseguirem recomendar conteúdos de qualidade para seus usuários.

Iniciei este artigo pensando em descobrir e ensinar os fatores importantes para escrevermos para robôs, e termino esta peça entendendo que o que realmente importa aqui são os aspectos humanos, aqueles que, justamente, nos diferenciam das máquinas.

Lamento informar que talvez eu o tenha trazido até o final deste estudo e, infelizmente, tenha gerado ainda mais dúvidas do que certezas. Fato é que eu também tive a mesma expectativa, me colocando, no início da produção deste material, no papel de leitor e consumidor dele. Eu buscava respostas, mas acabei criando algumas novas dúvidas.

O lado positivo é que não saio daqui sem aprendizados. Espero, realmente, que neste estudo eu tenha aplicado minhas próprias dicas e aprendizado para que, assim, ele seja avaliados pelos humanos e IAs como útil.

Se for este o caso, entre em contato comigo por aqui ou por minhas redes sociais (abaixo) e interaja com este conteúdo, deixe suas ideias nos comentários e compartilhe-o com seus amigos.

Veremos se a teoria, neste caso, encontrará a prática.

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